Anna Paquin e Stephen Moyer, de 'True Blood', encenando o já clássico 'menina conhece vampiro e se apaixona'
Veja os argumentos. Na série de “Crepúsculo”, o romântico Edward Cullen (Robert Pattinson) causa fascínio em Bella Swan (Kristen Stewart) por ser lindo, estranho e aparentemente avesso à menina. “Essa mesma cena ocorreu inúmeras vezes no meu colegial, entre garotas héteros e rapazes que ainda não sabiam que eram gays, ou que apenas não tinham saído do armário”, diz Marche.
E se na saga de Stephenie Meyer essa combinação ganha ares de amor impossível, no seriado “True Blood” a referência à homossexualidade seria explícita. Vide a frase “God hates fangs” (Deus odeia presas), que aparece nos créditos de abertura e faz um trocadilho com “God hates fags” (Deus odeia bichas). Para deixar tudo ainda mais claro, o roteiro começa com um programa de televisão cujo tema são “vampiros sob os holofotes” e, na trama, a expressão “sair do caixão” é utilizada.
O que essas produções têm em comum, segundo o jornalista, é a ilusão do homem lindo – e gay – que pode virar seu namorado. “Ficção de vampiros é, para mulheres jovens, o equivalente ao pornô lésbico para homens”. Ao mesmo tempo em que são inatingíveis, esses garotos proibidos são charmosos o suficiente para nos fazer fantasiar, na visão de Marche.
Para terminar, os vampiros estariam aí para ajudar a “digerir” uma revolução sexual, em que o que antes era considerado anormal ganhou o seu lugar ao sol. Não à toa, a tese de Marche rodou a rede, foi citada pelo “New York Times” e segue a causar polêmica nos fóruns de fãs.
Fonte: Marie Claire
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