quarta-feira, 19 de maio de 2010

Notícias: Cartaz com beijo lésbico provoca cancelamento de evento em faculdade de Minas Gerais

Um cartaz com o intuito de divulgar um seminário sobre inclusão social casou polêmica e confusão por apresentar a imagem de duas meninas se beijando. O evento, que aconteceria na faculdade particular Faminas, na cidade de Muriaé (MG), foi cancelado e gerou a demissão da coordenadora do curso de Serviço Social, Viviane Pereira.
"É um cartaz onde tem vários segmentos da sociedade brasileira que são excluídos. E a faculdade, mais que nunca, precisa contribuir para a defesa dos Direitos Humanos", disse Vinicius Ventura, estudante de Serviço Social, ao jornal "O Globo". 
O cartaz serviria para divulgar debates sobre desigualdades e preconceitos no "III Congresso de Políticas Públicas - VII Semana de Serviço Social". Além da ilustração das duas meninas se beijando, o folder exibe também imagens de negros, índios e portadores de deficiência física. Com a repressão da faculdade em aceitar o cartaz, a ex-coordenadora do curso Viviane Pereira preferiu cancelar o evento. 
"Diante da recusa da instituição em aprovar a utilização dessa imagem, baseada no meu código de ética, nos princípios que constam no projeto ético-política que a profissão de Serviço Social tem, eu optei por cancelar o evento e informar aos alunos e palestrantes o motivo desse cancelamento", disse. 
Com sua decisão, Viviane recebeu o apoio da representante do Conselho Regional de Serviço Social, Mariana Castro. "Um dos nossos preceitos é a eliminação de toda forma de preconceito e o respeito à diversidade. Então ela [Viviane Pereira] está respaldada pelo Código de Ética Profissional", afirmou. 
Com a repercussão do caso, a faculdade veio a público afirmando que não existiu nenhum tipo de preconceito e, sim, o descumprimento de "normas internas de divulgação". "A faculdade não tem nenhum preconceito. Nós apenas temos normas internas de divulgação e procuramos, dentro da parte interna de comunicação e de publicidade, divulgar aquilo que causasse impacto de leitura", afirmou o procurador da Faminas, Eduardo Goulart Gomes.
Fonte: A capa. 

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