Após reportagens publicadas nos jornais "O Estado de São Paulo" e "Folha de São Paulo" indicando que o governo Lula e até mesmo o ministro dos direitos humanos, Paulo Vannuchi, recuaram em relação à união civil gay uma polêmica foi aberta.
Mitchelle Meira, coordenadora da Coordenação Nacional de Políticas Públicas LGBT do governo Lula, garante que isso é uma "falsa polêmica" e que a união homossexual "não está em questionamento no governo federal". Ainda sobre a união, Meira diz que a união civil gay é "consenso no governo Lula".
A respeito de matérias publicadas na grande imprensa e que foram parcialmente reproduzidas por A Capa, Mitchelle explicou que o "ministro em pessoa me disse que nada falou a respeito da união civil gay". Segundo ela a "grande imprensa quer levantar uma polêmica que não existe".
Meira disse à reportagem que a questão dos direitos homossexuais foi amplamente debatida com a sociedade e com o governo. "Houve várias Conferências e isso foi debatido com a sociedade". Também lembrou que "as empresas do governo, a Caixa, por exemplo, reconhecem os seus funcionários homossexuais, assegurando direitos".
"A única polêmica existente é em torno do aborto e isto está sendo discutido com a secretária das mulheres, Nilcéa Freire", explica Mitchelle Meira.
Ano eleitoral
Questionada se esse ano temas como a união civil gay e a criminalização da homofobia serão discutidos e votados na câmara, Mitchelle admite que "dificilmente" eles entrarão na pauta. "Por se tratar de um ano eleitoral, muitos parlamentares não querem se envolver com temas polêmicos" admite Meira.
Mas, ela lembra que o Plano Nacional de Políticas Públicas LGBT foi construído em cima de um prazo de três anos para se aplicado em sua totalidade e que, "nesse tempo a comunidade gay deve pressionar os parlamentares para que votem estes temas". Para ela "os LGBT devem cobrar de seus candidatos que defendam estes temas publicamente e que assumam compromissos de verdade".
Segundo Mitchelle, a comunidade gay deve ficar mais atenta e não votar em candidatos que não tem "compromisso" com os direitos homossexuai. Para a coordenadora, as coisas só irão acontecer quando a comunidade "como um todo" se unir e cobrar pelos seus direitos. "Essa pauta (LGBT) tem que ser posta
pelos parlamentares e os LGBT devem pressionar para que isso aconteça".
Fonte: A capa.
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